Com o início das Paralimpíadas na quarta-feira (28), as atenções do público se voltam aos mais de 250 atletas brasileiros que estão em Paris na disputa em 20 das 22 modalidades. Com a maior delegação da sua história, o Brasil tentará superar o índice de medalhas conquistado nas últimas olimpíadas, 72, que ocorreram em Tóquio, no Japão, em 2021.
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As perspectivas são positivas, levando em consideração que o país vem desenvolvendo atletas há diversos anos, mostrando-se um projeto a longo prazo. Em entrevista ao programa Bom dia, Cidade! da Rádio CDN, a coordenadora geral de Programas e Projetos Paradesportivos, do Ministério do Esporte, Vânia Tie, explicou o alto número de atletas na competição.
– É investir no esporte, falar sobre a pessoa com deficiência, trazer o holofote a essas pessoas. O Brasil tem investido muito a partir do Bolsa Atleta. Dos 280 atletas brasileiros em disputa, 274 recebem o benefício dado pelo governo federal. Nós damos a condição para o atleta se desenvolver e, de fato, ser um atleta – contextualizou a coordenadora.
Incentivo na busca de novos atletas
Além dos investimentos, outro fator importante ressaltado por Tie é a busca por desenvolver os atletas desde criança.
– Os resultados não vêm de agora, o Comitê Paralímpico e o governo federal trabalham intensamente para que os resultados apareçam também a longo prazo. O nosso trabalho é retomado no dia 8 de setembro, data que a Paralimpíada é finalizada. – explicou sobre os próximos passos.
A coordenadora ainda anunciou o desenvolvimento do programa Semear, que visa estimular jovens a desenvolverem esportivamente para, futuramente, se tornarem atletas.
– O ministério irá lançar em setembro o programa, para que a gente possa trazer novas possibilidades a esses jovens. A ideia é levar em escolas, espaços de saúde, praças e entidades que trabalhem com pessoas com deficiência. Além desse programa, já temos em prática outras ações que façam com que cada vez menos se exista o preconceito com a pessoa com deficiência – finalizou.
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A iniciativa terá dois eixos para desenvolvimento: o primeiro, com crianças e adolescentes. O segundo será por meio de espaços de reabilitação a pessoas que, por conta de algum acidente, tornaram-se deficientes. O espaço será destinado para pessoas de todas as idades.
A meta é subir colocações
Desenvolver desde cedo, este é o lema utilizado pelo comitê e seus pares, na ideia de cada vez mais o Brasil se tornar uma potência ainda maior nas Paralimpíadas. Mesmo que esteja no início das disputas, a meta é subir mais algumas colocações. O país ficou em sétimo lugar em 2021 e tenta se aproximar da China, país que ficou em primeiro lugar nas paralimpíadas passadas, com 207 medalhas no total.
Gaúchos presentes em Paris
Um pedaço do Rio Grande do Sul está presente na capital francesa. Representada por treze atletas, entre eles, Reinaldo Charão, do tiro com arco classe W2. Natural de São Gabriel, ele está na sua primeira participação em Paralimpíadas. Além de Charão, outros 12 gaúchos tentarão a tão sonhada medalha de ouro.